
A indignação é um dos motores mais vigorosos da atividade política. O absurdo é um leitmotiv.
É claro que, numa visão filosófica, não há algo que não seja absurdo, "viver assim é um absurdo (como outro qualquer)/como tentar o suicídio (ou amar uma mulher)/como lutar pelo poder (lutar como puder) - EngHaw". Contudo, se nos tornarmos total contemplativos, nunca nos libertaremos da inércia niilista. O relativismo dos absurdos não é, todavia, equivalente. A aceitação da existência do absurdo (e assim a des-ilusão) não implicam a resignação com o mundo. Aliás, é somente percebendo o absurdo que o ser humano poderá confrontá-lo. Combater a vida pode então ser mais absurdo que ela, pois é uma tentativa de evitar o absurdo (suicídio é só o adiantamento...