3 de janeiro de 2012

Tarde-sépia

Ontem de tarde havia uma luz diferente. Tentei capturar uma imagem mas, por sorte, a câmera de meu telefone não funcionou. A única maneira de registrar o instante era o papel e o lápis. Não que eu fosse me por a desenhar: escrevi com minha letra cada vez pior as ideias que me vinham. Choveu muito em todo Estado, com maior prejuízo para os moradores da ainda convalescente região serrana. Espero que o sofrimento dessa gente passe logo, seja breve; como aquela tarde-sépia que a noite carregou.

Tarde-sépia
Chuva fina
Rua derretida

Na calçada
Passos breves
Vão seguindo a vida

Poça d'água
Luz de sódio
Cena revelada

Mas se a noite
Tem neblina
Já não deixa nada

Bruno Silva

1 comentários:

Walter Andrade disse...

Hoje tivemos uma "tarde turquesa, 30 graus"... nada como um dia (e uma poesia) após o outro(a)

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