29 de fevereiro de 2012

Le Carnaval Soleil

 Cirque du Soleil Unidos da Tijuca 2012   O carnavalesco Paulo Barros é, sans doute, un (malin) génie. Reinvenção do carnaval, inventividade fantasista, psicodélica, insólita, a criação adjetivada do artista. "Tá legal, eu aceito o argumento, mas não me altere o samba tanto assim... olha que a rapaziada está sentindo falta, de um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim", resposta brilhante uma vez dada, segundo a "lenda", por Paulinho da Viola à Benito di Paula que estourava, ano após ano, tocando samba no piano, e que eu entendo (ou reinterpreto com a ambiguidade e polissemia da canção) como provocação à Bossa-Nova - "toda bossa é nova e você não liga se é usada...todo carnaval tem seu fim"...

14 de fevereiro de 2012

Cadê a rede?

No texto que escrevi anteriomente, ainda acreditava que a felicidade cabia numa rede. Mas ela não cabe, não. Porquê? Porque me levaram a rede num dia de calor. Dava pena de ver as paredes nuas! A casa ficou desproporcional sem aquele pano pendurado que era, para mim,  precipício e pára-quedas. Raptaram o meu sossego e nem sequer deixaram bilhete para o resgate! (...) Uma lenda muito antiga ensina que o homem desceu das árvores e foi aprendendo a andar cada vez mais ereto, até conseguir ficar de pé sem que isso representasse grandes desafios de equilibrio. Esse homem, que no início não era homem, não era nada... esse homem trocou as frutas pela carne vermelha, amaldiçoou o pequenique e bendisse o churrasco. Acontece que eu estou a meio caminho da evolução: quero a carne e quero a rede!...