14 de fevereiro de 2012

Cadê a rede?

No texto que escrevi anteriomente, ainda acreditava que a felicidade cabia numa rede. Mas ela não cabe, não. Porquê? Porque me levaram a rede num dia de calor. Dava pena de ver as paredes nuas! A casa ficou desproporcional sem aquele pano pendurado que era, para mim,  precipício e pára-quedas. Raptaram o meu sossego e nem sequer deixaram bilhete para o resgate!
(...)
Uma lenda muito antiga ensina que o homem desceu das árvores e foi aprendendo a andar cada vez mais ereto, até conseguir ficar de pé sem que isso representasse grandes desafios de equilibrio. Esse homem, que no início não era homem, não era nada... esse homem trocou as frutas pela carne vermelha, amaldiçoou o pequenique e bendisse o churrasco. Acontece que eu estou a meio caminho da evolução: quero a carne e quero a rede! Luto pelo indulto da eterna penitência que é estar de pé!
A felicidade que eu tinha caiu da rede... mas nao morreu! Ela não pode morrer, porque está, para sua segurança e para a nossa, espalhada por vários cantos, contida em várias coisas: chalé, cachoeira, mulher morena, café, comida mineira...
Há quem diga que a felicidade é encontrar finalmente o seu lugar ao sol!
Particularmente, eu tô atrás de sombra...

Bruno Silva

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