9 de junho de 2012

Poema atravessando a Ponte.





As águas da Guanabara
São mais calmas as seis da manhã.
Um passarinho branco sobrevoa
Ao rés da superfície de gelatina.
Ele que não se atreva a mergulhar!
Pois, ou não volta nunca mais,
Ou emerge de outra cor
E não o reconhecem seus pais.
O Estaleiro Mauá estará lá
A esperar por quem cruza a ponte?
É provável que nem se importe...
O Rio vai surgindo de uma cortina,
E o sol vai compondo com a neblina
Um alento da existência matutina.
Mas, escapemos a esta rima viciada:
Em que paragens terá pousado
O passarinho branco da alvorada?




Bruno Silva

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