30 de janeiro de 2013

Manhã londrina

Manhã londrina.
É janeiro no trópico, mas nada informa.
Cai uma chuva temporã, e o ramo de trepadeiras, do muro, sorri seu verde.
Engraçado que jamais fui à Inglaterra.
Perambulo pelo aeroporto, e é pena que o trajeto de meus passos não conte para o programa de milhas!
Manhã londrina.
O mundo só tem quarenta dias, mas há tanto construído!
O governo quer mais, e já não há espaço.
Vai o governo, com seus tratores de borracha, apaga o que havia e reinventa por cima.
Nem tudo fica bom.
O Maracanã, dizem os saudosistas, deixou de ser (além da Inglaterra, nunca fui ao Maracanã).
A borracha, insaciável, procura mais para borrar!
Mas hoje, nessa manhã londrina, acordei confuso e sem cabeça para esses assuntos pesados, de concreto e memória.
Quero apenas registar isto: tivemos um janeiro atípico, acordei me sentindo um britânico sem chá nem rainha.
Fevereiro já está na porta, a nos lembrar que é Brasil.
Chega, outono!

Bruno Silva

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