6 de abril de 2010

POLITICALHA - Royalties do Petróleo

O caso recente e ainda vivo dos royalties do Petróleo antes de mais nada escancarou o jeito arrogante e mandonista de se fazer política no estado do Rio de Janeiro. O Governador Sérgio Cabral e seu subordinado, ops, Prefeito Eduardo Paes, representaram papéis que os condicionariam a figurar no elenco dos grandes melodramas mexicanos, algo como “Senador Ibsen Pinheiro, o Feio”. Como garantia Sérgio Cabral que Lula vetaria o projeto (um projeto certamente injusto), não se dignou a debatê-lo perante a sociedade, só o fazendo aos prantos e com slogans histéricos como sobre a “Covardia contra o Rio”. Covardia, senhores, é o Rio de Janeiro padecer de políticos como ele e Paes, demagogos da pior estirpe. O caso denuncia outra coisa: a visão localista dos senadores e deputados. Uma jogada oportunista em meio à chegada das eleições de 2010. Parece-me que para o caso do petróleo do pré-sal, coisa a ser retirada do mar e debatida ainda, é preciso pensar uma forma de investir melhor os royalties para o desenvolvimento de todo o país, o que talvez deva ser responsabilidade da "parte do bolo" da União, que hoje é já de 40 %. Um pouco de espírito cívico e republicano (e não nacionalista nem localista!) é o que nos falta. Olhar um pouco menos para os pequenos umbigos eleitoreiros e politiqueiros.

Judeu Polaco

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