24 de maio de 2010

GERAIS - Uma questão de português e rimas internas!

Não é uma piada sobre o Português, seja ele Joaquim ou Manuel. Trata-se do uso, ou mal uso, ou uso mal intencionado da última flor do Lácio (o idioma português)!
Na politicalha, (quem não viu?), teve espertinho modificando tempo verbal para livrar a cara daquela gente boa do Planalto! Na lei da ficha limpa, a jogada suja foi a seguinte: onde se lia "os que tenham sido" pretendia-se que fosse lido "os que forem". Permitam-me dois verbos, senhores doutores reformadores do português da lei: Vão tomar!
Mudando de assunto... conta-me o meu bom pai que, estando ele a ouvir seu programa de rádio preferido, teve a iluminação para uma questão que tem causado enorme comoção no povo brasileiro: ele, sempre ele, o Dunga! Meu velho me disse que o moço da rádio disse que o Dunga é um bom cidadão, a quem apenas faltam alguns rudimentos do impossível idioma em movimento. A questão, sem mais desperdício de português, é a seguinte: Tendo ouvido o bom anão um anúncio na televisão, e tendo percebido que era da maior importância sua adesão, uma vez que é o técnico da seleção, uma forma privilegiada de representação dessa coisa controversa chamada de nação... mostrou que entende muito de saúde, e muito pouco de educação: partiu do mote "diga não ao crack!" e fundou o esquema "eu digo ao craque, não!"

Bruno Silva

2 comentários:

Judeu Polaco disse...

Que post "prosa" em sua rimada prosa. Lembrou-me daquela poesia do Drummond, poeta eloquente, da qual esqueci o nome e o Google igualmente, mesmo em posse do trecho provavelmente distorcido, como nas brincadeiras de telefone sem-fio, "Que me perdoe tantas rimas em ão". E digo à guisa de conclusão (na verdade repito...): Seu pai é sinistro!

Ps: Uma resposta rimada é uma tentativa de falar a mesma "língua"
das postadas. O que não retira (só acrescenta) a originalidade destilada (literalmente) de sua genial prebenda.

Judeu Polaco disse...

Parece que eu cometi um lapso. Não parece existir mesmo tal poesia na qual Drummond teria dito "que me perdoe tantas rimas em ão". Na verdade o que ocorreu foi um lapso, uma distorção de uma poesia de Fagundes Varella, "a flor do maracujá", onde ele diz ao fim de tantas rimas com a mesma terminação...

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!

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