25 de julho de 2010

(ANTI)ESPORTE: Quando a Tecnocracia se enreda com a Vassalagem...

A Ferrari propõe o triunfo da tecnocracia sobre a qualidade e valor do piloto que, mesmo com um carro (relativamente apenas) mais lento, soube defender a dianteira na corrida terminada há pouco, mas que deveria se estender no tempo em debates e, não fosse a "força política" - leia-se a capacidade ferrarista de se colocar fora do regime de legalidade desportiva da FIA, que não lhe pune severamente num caso como esse e que, tacitamente, garante com seu silêncio a continuação de tal atitude antidesportista, antifairplay - enfim, não fosse a "força da politicalha" vermelha, teríamos visto uma parcela do que Senna fazia quando tinha um carro mais lento: dava um show de "direção defensiva", deixando seus oponentes putos porque o não podiam simplesmente passar por cima. Era uma época em que o piloto - e não o carro, e não a politicalha, e não a antidesportividade das equipes - triunfava. Hoje, por uma espécie de "razão de equipe", fora de toda legalidade, vemos a vitória da Ferrari onde devíamos ver a de Felipe Massa (ou de Fernando Alonso, se tivesse ultrapassado Massa no "braço", como um verdadeiro piloto deveria ter a ética de fazer).

Mas parece haver outra razão de fundo, "psico-histórica", pois é a história quem o sugere (como foi sugerida a troca de posições): uma vez vassalos do Sacro Império Romano-Germânico, Módena - cidade que abriga a escuderia de Maranello - continuaria a prestar homenagem à suserania de um "Príncipe das Astúrias". Don Fernando Alonso das Astúrias, da Espanha uma vez dona desse Império, mimado na "corte" da Renault (e sabemos o que aconteceu quando os ingleses da McLaren, sempre ilhados-independentes, negaram a Assonso a vassalagem...), achou de itinerar para a Itália, onde sua dominância dentro da equipe não seria nada mais que a continuação de séculos de dominação dos italianos pelos espanhóis.

Talvez a História sirva para alguma coisa, quando menos, para um uso irônico-crítico, mas isso depende menos da História que do seu narrador...

Aliás, penso que...nosso blog foi igualmente homenageado pela Scuderia Ferrari Marlboro, claro, com a TRAQUITANA realizada no GP da Alemanha!

Walter Andrade

2 comentários:

Du Bruni disse...

Genial! "razão de equipe"! Sabemos que a razão de Estado tem RG italiano: Botero escrevia numa itália (que não havia ainda) dominada pela Espanha.
Bem, a ferrari (parla più piano e nessuno sentirà...) foi levemente multada (100 mil dólares) e o conselho mundia da FIA (de Jean Todt) prometeu investigar...
O Felipe Máscara, maior prejudicado, continua sem voz para reclamar e com aquela cara de Zacarias, substituindo sem deixar nada a desejar ao também vocacionado segundo piloto Bu... Rubinho!

Bill disse...

Fodas!!!!

Sobre o lamentável episódio (mais uma vez e não última) me senti mal não somente com a vitória da Ferrari (sou Mclaren) mas pela forma com a qual os brasileiros foram tratados nesta semana:

Primeiro o Stallone fala aquelas besteiras sobre o Brasil... depois vem a Ferrari com essa traquitana...

O Stallone pediu desculpas pelas merdas que fez.. mas e a Ferrari?

Já faziam isso com o Rubinho e nós criticávamos o cara, agora fazem isso com o Massa!!!!

Os torcedores da Ferrari aqui no Brasil é que deveriam pensar sobre tudo isso!!!!

FORA FERRARI!!!!!!!!!!!!!!

FORA STALLONE!!!!!!!!!!!!!

Ano que vem, estaremos em Interlagos, juntos, torcendo pela Mclaren!!!!! hahahahaha

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