19 de julho de 2010

GERAIS - Mais do mesmo

Parece que, terminada a copa do mundo, as coisas retomam a rotina (pelo menos no Hell de Janeiro). A polícia voltou a trocar balas repetidas (já que não vogam mais as figurinhas) com os traficantes, teve inocente morrendo e comprovando que não existe o lugar certo na hora certa, ou o errado na hora errada: o garoto estava na escola, na aula de matemática; o filósofo Rodrigo Pimentel foi na máquina de fazer doido para defender a polícia, dizendo (vejam só!) que pouco importa que a bala tenha saído da arma da polícia ou do tráfico, pois o tiro foi, de qualquer forma, consequência do combate; o Botafogo teve pênalti não marcado, gol mal anulado, futebol mal jogado... resultado: saiu de campo derrotado; o Lula continua na sua infatigável tarefa de ostra, que é a de produzir pérolas: a última foi dizer que no Brasil, por falta de motivos para reclamar, os brasileiros ficam levantando dúvidas sobre a utilização dos recursos destinados aos projetos (ele falava do portal da transparência), motivo pelo qual os prefeitos deviam buscar esclarecer a administração dos recursos... ah! ia me esquecendo, tais recursos foram destinados por medida provisória e os limites, aumentados também por MP; um flamenguista está envolvido em escândalo policial...
"Foi sempre mais do mesmo..."

Bruno Silva

5 comentários:

Walter disse...

E hoje foi propagandeada novamente na TV o discurso a lá "Tropa de Elite": de que os culpados pelo tráfico (e pela morte do menino) são os usuários de drogas. Apenas uma palavra me veio a mente na hora: "HOLANDA". 1)Sem lei não há crime, logo, o problema está invertido. O verdadeiro problema não é a visita do jovem a boca - já que é no mínimo utopia (utopia conservadora) e discurso vazio achar que por apelos televisivos isso vá mudar - são as leis que criminalizam tais drogas (gerando o contexto propício ao tráfico ilegal e suas consequências danosas - compare-se o Brasil à Holanda nesse quesito e veremos então qual é a política racional para o assunto). 2) Bebidas e Cigarros, porque têm o "privilégio" de serem liberados então (levando ao extremo o discurso da TV que a essa altura todos sabem qual é, com o receio de apenas aclarar seu valor retrógrado)? Nunca ouvi nenhuma história de morte por overdose de maconha ou quem assassinasse por causa dela. Ademais (e aqui contrapondo essa visão moralista) é impossível existir uma sociedade humana sem um mínimo de fuga/escapismo/anestesia, do contrário as pessoas enlouqueceriam em muito maior número e seriam ainda mais agressivas (basta ser um pouco menos superficial, e ainda dá tempo, lendo um Aldous Huxley, um George Orwell, um Michel Foucault...talvez seja pedir muito...).

Du Bruni disse...

Esqueci de adicionar uma informação: tratava-se de recursos destinados ás obras para Copa.
Pois é, parece que a Holanda, que já ensinou aos brasileiros qual a importância de um técnico de futebol nos momentos críticos, devia ensinar essa outra lição, mais antiga, mais contundente.
Sempre lembro da histporia na família do Chico Buarque: uma vez foi encontrada uma pequena quantidade de canabis em uma gaveta da casa. Pensaram (não se se foi a empregada) que se tratasse de coisas do Chico, quando era a erva de seu pai, sociólogo-historiador Sérgio Buarque de Hollanda.

JG disse...

A idéia de legalização é sedutora, mas eu fico pensando...teríamos uma outra Souza Cruz? Ou, talvez, a própria! Produziríamos a própria droga ou importaríamos... legalizar aqui sem um política para todo ciclo (Produção,comercialização, consumo e impacto social) poderia resolver o problema da esquina de nossas casas, mas não tornaria mas bruto o confronto entre os grandes narcotraficantes internacionais?
Talvez uma política continental para o ciclo... acho difícil...Chavez, Uribe, Morales...

Waltchovsky disse...

É, acho que seria esse o caminho mesmo, "sustentável", pensar-se o ciclo de cultivo, produção, consumo e impacto social. Então se teria controle de qualidade e de intensidade das drogas.

Veja bem, na Holanda o sistema legalizou a maconha, mas fazendo uma distinção entre drogas leves e pesadas, assim tira os usuários da cannabis sativa do "mercado negro", evitando a tal "teoria do degrau" (quem usa maconha termina por usar crack...), e lá há clínicas para tratarem dos dependentes químicos. O governo ganha um bom percentual por conta das taxações em cima das vendas, e é permitida a compra de apenas um pouco de maconha. Curioso é que acabei de ver aqui que a direita está agora no poder querendo acabar com essa política, ao mesmo tempo que outros países europeus pensam em aplicar o sistema holandês, já que a Holanda está há muito tempo entre os países com MENOS MORTES relacionadas às drogas.

Bill disse...

Mais do mesmo...

Não podemos esquecer das eleições onde aqueles bons senhores estão soltos pelas ruas, entregando seus santinhos e prometendo mundos e fundos.

Não se pode esquecer da polarização entre PSDB e PT... assim é desde 1994.

Mas sobre os moços "bonzinhos", convido-lhes a visitar meu blog de politicalha (como diz o Bruno) e entrarem no tópico sobre os "Candidatos de Itaguaí nas eleições". Apareceu um moço chamado Evandro (não sei se escreve assim mesmo mas nem ele deve saber) e fez uso lá do espaço democrático nos comentários para divulgar sua história e ideias.

http://politicadeitaguai.blogspot.com (Merchandising, vulgo Jabá)

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