10 de fevereiro de 2011

50 bilhões a menos: a vez de Dilma, de uma vez só!

"É melhor ser temida que amada neste país da cordialidade corrupta!" Essas foram palavras pronunciadas ontem (09/02) por Arnaldo Jabor. Elas fazem referências que não são tão conhecidas, embora sejam evidentes: Para os que começam a governar um dominio novo é melhor ser temido ou amado? Era a questão a que Maquiavel, o "imoral" quinhentista da terra de Berlusconi (que começa a conhecer o peso real de uma mulher de 17!), procurava dar resposta. O tese do Brasil do homem cordial, por sua vez, é uma reflexão do sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda (sim, tem a ver com o Aurélio do dicionário e com o Chico Buarque!) Mas percebo que o texto, a exemplo do que acontece com nossa economia, começa a se afastar do rumo. Voltemos ao tema central: as palavras de Jabor.
Ele comentava a recente e amarga notícia do corte de 50 bilhões de reais no orçamento da União. Tá certo, há muita contenção de gastos abusivos, há também o anúncio de uma procura pelos desvios orçamentários do país. Mas o fato é que o corte vai doer para os que se preparavam para os concursos públicos federais, e também para aqueles já aprovados e que, agora, se encontram impedidos de nomeação.
A antiga medicina ensina (e não foi minha intenção fazer a rima) que o remédio amargo é o mais eficiente, e que "o que arde cura". Pode ser, mas se se tentasse impedir o abusivo aumento de salário da politicalha legislativa já seria uma colherinha de açucar no café amargo que se oferece para curar a ressaca de uma embriaguez econômica que começa a causar dor de cabeça!

Bruno Silva

2 comentários:

Walter Andrade disse...

Não tem como concordar com esse corte nos concursos públicos. O que é preciso nesse país é uma ofensiva contra a corrupção e uma reforma tributária (e política) decentes, que realmente realize uma redistribuição fiscal, que passe a cobrar mais taxas aos bancos que ganham fortunas, e outros milionários... Caso onde a corda arrebentaria do lado mais forte...

Anônimo disse...

Pelo que sei o "corte" nos concursos públicos deve afetar somente os cargos da Administração Direta, que não é o caso das estatais, por exemplo. Corte na farra do legislativo beira a utopia, mas já fico razoavelmente contente em saber que deve "sobrar" pro BNDES, que além de receber aporte menor para emprestar a quem não precisa, também passará a operar com taxa de juros mais alta. Mas o que achei interessante nisso tudo é que esse corte não significa que o Governo vai gastar menos que no ano passado. Ele vai gastar mais, só que nem tanto. rsrs.

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