24 de maio de 2011

Show do Paul McCartney no Rio: Diário de Bordo, Parte II (Final)


O último show do Paul McCartney no Rio, na noite (já) histórica de 23/05/2011 começou pontualmente às 21:30, chegando com seu terno e suspensório, um inglês padrão (Padrão?! rs). Pressa do Paul de ir embora pra casa? Que nada! Lá vinham duas horas e meia (parece mais tempo por extenso!) de um espetáculo que poderia ser infinito, não fosse isso inumano, ainda que Paul mesmo mostrasse uma vitalidade maior que a minha! (Fernanda lançou a hipótese do vegetarianismo dele para explicar isso). Eu tinha consultado o setlist da noite anterior, e assim chamo atenção para a abertura diferente, com "Magical Mistery Tour", muito apropriada para uma turnê em si mesma mágica. Sempre os acordes iniciais de seu violão (quando o pegava) me faziam esperar I've Just Seen a Face, que não veio. Frustração então? Como?! Se a grande banda estava na estrada! (Band on the Run). O repertório foi sensacional: um passeio pela discografia dos Beatles (e como era bom ver os gestos de Paul e as fotos, fazendo-me voltar a um tempo que eu deveria ter vivido!), passando por The Wings, o projeto Fireman e a carreira solo, que não são supérfluos! Ou o que diremos de músicas como Mr. Vandebilt, Let me Roll it, Sing the Changes ou Jet?! Live and Let Die foi um show à parte, com os fogos, a pirotecnia, o rock. Aliás, o White Album estava lá presente, mostrando ao mundo o que é o verdadeiro Rock n' Roll! A vertiginosa Helter Skelter incendiando os sentidos (com suas imagens duplas e fundidas). Lembro-me de dizer em Paperback Writer "Isso será para sempre revolucionário", não só esta música, claro, mas A BANDA em questão, The Beatles (quantos mil "The" alguma coisa vieram depois e até hoje?!). Tocando Bandolim, Ukulele (nem sei o que é direito), Piano, Violão, Guitarra, Baixo... e ainda por cima cantando! Paul foi genial, jovial, brincalhão e generoso, tanto com o público em geral quanto com 4 meninas em particular, que subiram ao palco e foram recebidas com abraços e autógrafos, nenhuma cerimônia ou repressão, nenhuma hipocrisia... E eu já estava condicionado a esperar bis pra sempre, e o arrepio final veio com The End, fechando o show com a (penúltima! a-há!) música do meu álbum predileto, o Abbey Road (que inaugura a meu ver o Rock Progressivo).

Um dia terei a oportunidade de dizer a algum jovem que eu assisti ao (quiçá ou provavelmente) último show do Paul no Rio, dizer "eu estava lá" e "foi mágico". Ainda nutro a (boba?) esperança de que serão sempre os grandes artistas que no fim ficarão para a eternidade. É a imortalidade que eles conquistam, merecidamente. E eu, que não sou artista, nem imortal da ABL, digo por mim que me sinto menos devedor à Senhora Morte depois desse dia. Por último, preciso agradecer à Fernanda, minha namorada, pois sem ela não poderia estar lá; ela me deu o melhor presente possível e imaginável que eu poderia ter ganho pelo meu aniversário! ^^

Walter Andrade

2 comentários:

Thiguim disse...

Às vezes só uma moral pra dona Maria no post já...
hahahahahahaha

Bruno Silva disse...

hahahahhaha Esse...

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