14 de junho de 2011

GERAIS - Primavera Vermelha, Sarney e FlamengoxVasco

Depois da Primavera de Praga, e em meio à Primavera Árabe, o Rio de Janeiro assiste e participa do que chamaríamos, provocativamente, de uma Primavera Vermelha: não é o vermelho de rosas, nem o do sangue que o Governador talvez esperasse ver derramado ao mandar a tropa de choque invadir o quartel dos bombeiros, mas o vermelho da cor da corporação, das faixas e bandeiras em sinal de apoio à causa dos bombeiros. O governador pretendeu “jogar água” nas reivindicações da classe e decretou a prisão de todos. Agora, vai colocando a lição do florentino Maquiavel em prática: o mal todo de uma vez, o bem aos poucos. É assim que ele vai, à conta gotas, “atendendo” algumas reivindicações: soltar os bombeiros, talvez anistiá-los e, no final, parecerá um buona gente, mesmo que não dê o aumento almejado. É um perigo cair nesta história.

Falando em história, tem gente que anda aflita por ocultá-la. Se existem os negacionistas no campo da história do nazismo, o Brasil tem visto os “ocultacionistas” sempre na ativa: O Sarney, praticamente um personagem do Antigo Testamento, andou dizendo que é necessário que os documentos secretos não percam de todo este título. Diz-nos o senador que tais documentos precisam ser preservados, para não causar feridas. Ele, que já tentou apagar da história do congresso o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. São duas atitudes distintas em relação à história: ocultar e apagar. É o velho princípio do arcana imperii (pai dos segredos de Estado), postulado pelo historiador romano Cornélio Tácito, que escreveu na época do imperador Tibério, a quem não me admiraria que o Sarney tivesse conhecido e de quem tivesse sido amigo de infância! É pra chorar!

Mudando totalmente de assunto, e para que o amigo leitor não se despeça cabisbaixo e descrente do próprio mundo, uma provocação que meu amigo Petrus Inutilis me contou: já cansados com a avacalhação rubro-negra, torcedores do Vasco fizeram uma pequena pesquisa nos anais do futebol carioca e descobriram que o Flamengo é mais vice do que o clube da Colina. A maneira flamenguista de ver a situação: “Ta vendo, até nessa disputa o Vasco é vice do Mengão”! É pra rir!

Bruno Silva

1 comentários:

Anônimo disse...

"... praticamente um personagem do Antigo Testamento ..." HAHAHAHAHA!!

Esse senhor não está nada bem. Ouvi num noticiário que ele teria dito que o impeachment do Collor foi um "acidente histórico", o que tornaria desnecessário mencioná-lo no famigerado túnel do tempo do Senado.

Se esse infeliz "acidente" tivesse ficado encrustado na memória e no "orgulho nacional" (que não existe), pouco importaria se aparece ou não estampado no corredor do Senado.

Realmente, de chorar. De raiva. rsrs.

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