9 de agosto de 2011

A lição da Sabiá

Por ocasião dos preparativos do "Arraiá Medinense" tive oportunidade de me favorecer da hospitalidade dos Medina em Piraí. Sem muito o que fazer no mais do dia, e sem muitos com quem conversar até a noite de sexta feira, estive vagando pela graciosa propriedade da família: flora magnífica, rio cortando o sítio e uma infinidade de aves. De repente, a ideia: "e se eu colocasse a música Black Bird, dos Beatles!? Ficaria ainda melhor, enriquecida pelos cantos dessas aves!". Como sempre, a uma ideia idiota sempre corresponde outra: "Será que o canto do Melro, que é usado na gravação da música, despertará a atenção dessas aves despreocupadas daqui?" Coloca-se a música, o comportamento dos bichinhos não revela nenhuma modificação... a música, esta sim, ficou melhor. Já satisfeito com o sucesso da primeira missão, sou surpreendido pela aproximação de uma sabiá (ou um sabiá, que as duas formas são utilizadas pela sabedoria popular, vide a música "Sabiá" do Tom Jobim). O bichinho me fita profundamente, encaro-o com expectativa: "vai responder ao canto, ou, e nada é impossível, talvez me dirija alguma palavra de conforto passarinhesco!" O bichinho chega ainda mais perto, cerra os olhinhos: "é agora!", penso eu. Palavra nenhuma:  a sabiá faz seu cocô e levanta vôo. E esse é o melhor ensinamento que se podia dar a alguém.

Bruno Silva

2 comentários:

Thiguim disse...

hahahahahaha
Concerteza foi o "cagou pra mim" mais poético de todos!!!

Anônimo disse...

hahahahahahaah

Caguei!

No mais das vezes é só o que há pra fazer :D

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