9 de junho de 2013

Falecido conto do vigário, conto do Vigário falecido, sei lá...

Foto tirada no São João Batista. Cristo Redentor ao fundo. 
Morar na área nobre do Rio não é nada barato, como já sabemos. Ter o direito de dividir espaço com as amendoeiras, na Zona Sul,não é para qualquer mortal. Nada de surpreendente nisso. Agora, fui tomar conhecimento de que a vizinhança com as raízes do gramado também não é para qualquer defunto: o preço de um jazigo perpétuo no São João Batista - em Botafogo -pode chegar à vultuosa quantia de 300 mil reais!
Assustou? Então imagina isso: seus ossos descansando aristocraticamente no cemitério carioca e, de repente, não mais que de repente, para citar Vinícius de Moraes (que aliás jaz no São João Batista, assim como Tom Jobim, Drummond e tantos outros), sendo exumados sem autorização da família, indo parar sabe-se lá em qual cemitério! Foi o golpe de que tomei conhecimento assistindo ao noticiário da Record: um corretor que vendia o mesmo jazigo para várias pessoas; isto sem a autorização legítima dos antigos proprietários, num esquema de exumação fraudulenta.
 É o velho golpe do conto do Vigário, com o requinte macabro de estar associado à venda de tumbas! Nunca foi tão difícil viver, morrer e continuar morto aqui na boa sociedade carioca!

Para quem quiser ver a reportagem: http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/edicao/?idmedia=51afdf860cf26f34e0263af5

Bruno Silva

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