4 de maio de 2010

SAÚDE e POLITICALHA - Campanha pela saúde dos homens

Tem passado com alguma insistência na tevê: homens morrem, em média, sete anos antes das mulheres. Aproveito a boa chance de ainda estar vivo para compartilhar uma dúvida: suponhamos que os homens atendam ao pedido gentil do ministério da saúde e realize uma mudança na forma pela qual cuidam da própria saúde; imagine-se que, por algum motivo inexplicável, a macharada comece a procurar os hospitais; suponha-se ainda que se encontre algum hospital . O que vai acontecer?
O governo convoca (palmas para ele) os homens a procurarem os hospitais, a cuidarem da própria saúde. Mas se os hospitais não chegam a conseguir atender as mulheres e os poucos homens que o procuraram. Passou na televisão, foi filmado pelo telefone: uma mulher teve um filho na porta do hospital, em plena grama! Não tem espaço pra tanta gente, não tem médico para o pouco espaço existente.
Quer dizer, o governo tem que torcer para que os homens não atendam ao apelo? Se for o caso, pra que chamar? Pra que gastar dinheiro com anúncios? Melhor pegar este dinheiro e construir mais hospitais e contratar mais médicos...
Não dá pra entender!

Bruno Silva

1 comentários:

Judeu Polaco disse...

Mais fácil o "pedido" do Ministro da Saúde de fazer sexo "pelo menos" 5 vezes por semana (uma taxa um pouco alta aliás, mas que se diz cientificamente proveitosa, um modo de atividade física e vantajosa ao coração e etcéteras), já que para isso não se faz necessário hospitais (poderíamos chamar isso de medicina caseira?). Curioso é que basta o Ministro da Saúde aconselhar o sexo que um moralismo obtuso da sociedade (mesclado com uma tendência contrária à flexibilização dos costumes) faz sua dialética adentrar os programas jornalísticos, por meio de narrativas irônicas dos apresentadores, oportunidades de entrevistas com cientistas e, quem sabe, discussões no Programa do Jô, (Esporte) Fantástico ou Domingo Espetacular, sem esquecer do programa que explora até as últimas rebarbas dos acontecimentos: o "glamouroso" Superpop. Uma verdadeira avalanche sensacionalista.

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