21 de fevereiro de 2011

POLITICALHA - Como se rasgar um mesmo papel todos os dias...


Lê-se na Constituição, Artigo 7º, inciso IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas [do trabalhador] necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

E ainda no inciso XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;


A levar-se em consideração a indigna ou farsante disputa por míseros R$15,00 na queda-de-braço (ou decadénce) entre Governo e Centrais Sindicais por um salário ou de R$545 ou de R$560 (e havia a "revolucionária" proposta de R$600 dos tucanos e democratas!) é de se (re)fazer a pergunta que o Plínio de Arruda Sampaio fez à Dilma durante o programa eleitoral: "Gostaria de saber se a senhora viveria com um salário mínimo?". Outrossim, há de se lembrar a proposta do PCO de "salário vital de R$2.500", sim, porque, devemos nos perguntar profundamente isto: de que lado se encontra a utopia, exigir R$2.500,00 ou usufruir - vamos lá - "moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social" com R$545 ou R$560?!?!

O segundo inciso coloco por conta do básico setor comercial, onde "não se sabe mas se desconfia de muita coisa", isto é, de que não se cumpre a lei ordinariamente, especialmente talvez os trabalhadores de um certo supermercado da "Rua Maxwell, aberto até a meia-noite" e outros exemplos em feriados e afins. "Negociação Coletiva", "Flexibilização dos Contratos de Trabalho", dirão alguns liberais, quando se sabe que o tempo é tudo que um despossuído possui: "É tudo que eu posso oferecer...é pouco...é quase nada...mas é tudo que eu tenho, tudo que eu posso oferecer" já dizia o Humberto Gessinger (o tema da música era romântico, mas cai como uma luva, e acho que o próprio aprovaria meu emprego, ele, que gosta tanto de polissemias...). Como se sabe "Ninguém respeita a Constituição...Mas todos acreditam no futuro da Nação...Que país é esse?!". Respondemos como se fazia nos shows: "É a porra do Brasil"...

Walter Andrade

2 comentários:

JG disse...

Seja positivo cara!
Foi aprovado um aumento de 62% do salário em cinco minutos!...
Ah, não... confundi as coisas... esse aumento foi do salário deles...

Aff...

Du Bruni disse...

Um daqueles textos geniais! Eu lembro dessa pergunta do Plínio (O Velho?). Com esse salário aprovado (?) só mesmo fazendo como o Away "Não pagarei mais conta de água, não pagarei mais conta de luz. Se cortarem minha luz, faço puxa de corda!" rs

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