22 de junho de 2011

As festas juninas e suas tradições esquisitas...

Época de festejos e quadrilhas, balões (e baloeiros) e milho cozido, o mês de junho vai descrevendo seu trajeto pelas bandeirinhas de papel colorido e pórticos de bambu. Há uma poesia nisso tudo, claro está. Pelo menos no Rio, as quadrilhas do bem (as de festas juninas) ainda não gozam do prestígio midiático das Escolas de samba (porque alguma escola tinha que receber atenção especial nessas terras de Cabral!). Talvez, só talvez, será bom que permaneça assim: o carnaval glamour é da tv e do turista, as festas juninas são mais do povo.
Mas não é exatamente sobre isso que eu, que gosto tanto de festejos como de benzetacil, vim falar. Outros já notaram o impressionante grau de intimidade entre o fiel brasileiro e aquele outro santo do mês: o Antônio. Colocam-no de castigo, de cabeça pra baixo dentro d’água até que arranje o casamento tão desejado. Imagino sempre o santo perdendo as estribeiras e xingando em latim toda vez que um seu milagre é desfeito por um pedido de divórcio. Mas hoje, fiquei sabendo de outras tantas liberalidade que, positivamente, devem deixar o santo de cabeça quente: a corrida das casadoiras para pegar, sentar e até, pasmem, tomar o chá de seu pau! Calma, explico: parece que na procissão de Santo Antônio existe mastro, um pau (que, parece óbvio, são os homens que carregam rs) no qual as talvez futuras noivas precisam encostar, as vezes sentar em cima e, pelo que foi mostrado na reportagem, até mesmo tomarem o chá que é feito dele. É o pau da bandeira de Santo Antônio. Tudo isso para arranjarem um marido, ou uma mulher, o caso dos homens que procuram o milagre de Santo Antônio. Eis aí um bom tema para uma pesquisa de antropologia (só não sei se o Santo gostaria dessa intromissão acadêmica no assunto)!

Bruno Silva

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