28 de julho de 2011

De oito às cinco

A vida de repartição é assim mesmo
Café, água mineral e livro de ponto
Relógio com ponteiros de chumbo
O exercício da profissão de estar ali
Um sociabilidade que encontra no dia a dia sua sustentação mais precária.
Perfis que te vigiam e não se sabe porquê
Tem um ofício, um memorando, um telefonema assinalado em local específico
A cidade vai acontecendo ou deixando de acontecer
E você lá, à espera do contracheque
Dourando a pílula e curtindo o tédio
Ao menos sobra tempo para alguma escrita.

Bruno Silva

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