26 de novembro de 2010

A propósito do texto anterior: reiterações...

Vim para falar da onda de caos que varre a cidade. Que varre em sentido contrário: de baixo do tapete para o meio da sala. No Rio de Janeiro, o morro só desce ao asfalto na enchente ou no enfretamento armado. Muita gente tem medo dessa aproximação do morro. Não percebem, porém, que o grande mal é a subida alucinada e clandestina do asfalto para o morro: é a subida para comprar drogas e canalizar o dinheiro para o tráfico. Não legalizam a maconha. No Tropa de Elite foi dito ao usuário "é você quem financia essa merda". Não está correto. Na verdade, "essa merda", o traficante e o usuário são elementos de um mesmo sanitário, sobre o qual se assenta toda uma legislação moralista e seus beneficiados diretos: a politicalha. Eu verifico que há um certo otimismo amedrontado de grande parte: "finalmente...

Que outro tema poderia ser?! A Guerra Urbana Carioca

"Sarajevo é brincadeira/Aqui é o Rio de Janeiro"... Não sou lá de numerologia, e sei que isso pode esconder uma inclinação pouco pragmática, mas minha inclinação é mesmo o pensamento mais solto, aliás números é o que mais a imprensa e os institutos têm pra oferecer, então pretendo oferecer-lhes coisas diferentes, ideias. O que estamos (ainda) assistindo por esses dias é a tentativa terrorista dos bandidos, mas de um terrorismo sem ideologia, ou um terrorismo de instinto de conservação, por assim dizer, de gerar pânico e medo na população. Por outro lado, a reação policial tem sido correta, inclusive em relação aos direitos humanos, que um certo fascismo popular e populista critica, e vocês sabem os meios onde se propagam e as pessoas que o veiculam. Ficou provado de todo modo a ausência...

22 de novembro de 2010

Quando o Futebol joga contra: Paul McCartney

Não quero bancar o resmungão, mas se não fosse a Copa de 2014, o Maracanã não estaria fechado hoje, e o Paul viria tocar no Rio de Janeiro. Ficamos a mercê da Globo, que nunca abre mão de sua programação ordinária (no sentido original e no pejorativo também)! Saem-me com uma história de "melhores momentos do show", reduzindo quase três horas de música em mais ou menos uma hora de programação. Só tem um detalhe: trata-se de Paul McCartney, ou seja, todos os momentos são melhores momentos (observação do Walter)! O cara fica 17 anos sem vir ao Brasil, não há lugar para show no Rio e a Globo ainda me faz isso! Será que "Eleanor Rigby" não faz parte dessa famigerada seleção global? E "Something"?! Não quero desdenhar de ninguém, mas porque não deixam pra fazer isso com o especial Roberto Carlos?! Bruno...

14 de novembro de 2010

Caosmos: Dinheiro x Vida

Sei que um texto deve ordenar as ideias, mas quero dar uma mostra a vocês de como as coisas vão se encaixando umas nas outras por associações imprevisíveis e de um modo meio caótico. Sim, pois o caos também gera o cosmos. Hoje acordei, mesmo depois de não ter dormido, assaltado por pensamentos soltos e recorrentes. Coisas como "eu não quero enriquecer, mas precisava ter nascido rico". Explico: por motivos ideológicos, sou contra o trabalho com fins de lucro exponencial (e também contra o trabalho por muito tempo, que é aviltante em vez de ser digno, como dizem por aí). E a herança da riqueza é um modo mais nobre de se relacionar com o Dinheiro. Hoje Educação é ligada intrinsecamente - pelo menos no discurso - à possibilidade de ascensão social, de "inserir-se no mercado de trabalho". Talvez...

9 de novembro de 2010

Ambientalismo ou Otimismo?!

Primeiramente pedimos desculpa coletiva por um sensível hiato nas postagens do blog. Talvez por isso mesmo o texto de hoje será uma espécie de panorama do caminho político das eleições brasileiras e um olhar para o futuro... Fiquei profundamente decepcionado com o nível das eleições presidenciais de 2010. Por exemplo achei que pela 1º vez entraria em pauta a política internacional (motivos não faltavam: a relação do Brasil com o Irã, a emergência diplomática brasileira dentro da ONU, reivindicando assento no conselho de segurança, os embates com o protecionismo estadounidense e europeu etc). Nada disso foi debatido. Os discursos nos diversos "debates eleitorais(eiros)" foram mais do mesmo: repetições de frases feitas, acusações e réplicas na mesma moeda, certo ufanismo petista, ops, LULISTA,...